Eu não diria que cheguei ao ponto em que atingi por completo a fantasia do que achava que a vida universitária seria. Mas acho que posso dizer com certeza que a minha experiência foi muito melhor. Foi muito mais difícil e doloroso do que eu podia ter imaginado que seria possível mas valeu a pena. Eu costumo dizer que a minha experiência foi como “growing pains”. Dores causadas pelo crescimento. Eu me tornei numa pessoa que nunca teria existido se não fosse por tudo que passei. Sei que ainda tenho muito que crescer, aprender, superar e mudar mas estou feliz com o progresso dos últimos oito anos.
No terceiro ano da universidade, eu já estava completamente confortável no meu ambiente novo. Também estava no segundo ano, mas tive umas fases estranhas de pintar o cabelo de vermelho e fazer piercings no lábio. No terceiro ano estava confortável e estabilizada. Tinha um grupo de suporte forte tanto na minha turma como fora da minha turma, tinha uma rotina que funcionava embora não deixava muito espaço para dormir e finalmente já tinha encontrado uma metodologia de trabalho que funcionava bastante bem para mim. A seguir ao terceiro ano nós tínhamos de fazer um estágio obrigatório com duração de um ano como condição para podermos nos candidatar para o curso de Honours.
Foi a primeira vez que tive de procurar um emprego e ainda por cima num país estrangeiro. Não diria que foi difícil encontrar um emprego para o estágio mas foi um processo longo. Finalmente consegui um emprego e mais uma vez a minha imaginação criou uma imagem de como o ano de estágio seria. Mas, como de costume, não foi como tinha imaginado. E de novo começou uma nova fase da minha vida.
